Engoli, engoli mais uma vez.
O amargo tinha outro nome.
Há tempos andava nomeando mal. Muito mal.
O amargo se chamava nudez.
E isso eu não podia engolir.
Apaguei a luz - deixando tudo aceso - e dei a ela a chave do meu morro iluminado.
A última peça de roupa caia no chão. E eu, de olhos fechados, deixava as mãos distantes do corpo pra não ouvir o que ele falava.
A pele, às vezes, é um domínio mal visitado.
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