terça-feira, 28 de abril de 2009

Com forte.

Eu não sinto mais vontade de sair de casa. Não é tristeza, muito menos medo. Tem sido confortável demais ficar aqui. Chego em casa e logo tiro a roupa da rua, lavo meu corpo, lavo meus olhos, várias vezes. Outras várias. Escolho uma boa música, toco-me. Não é carinho safado. É carinho carinhoso mesmo. Confiro a falta de soutien. A presença de peitos. Respiro fundo, fecho os olhos. Amo-me. Amo ser mulher, amo ter vinte e um anos. Amo ter esse teto que não me tapa. Vivi por muito tempo lacrada. Agora que percebi o quanto é bom voar, escolho as fechaduras. Nenhuma interrompe, nem escurece. E aqui, do lado de dentro, existem léguas e léguas boas de percorrer.
Aqui tudo cabe.

Esse blog era um pêlo pubiano encravado.

Tinha que sair.

segunda-feira, 27 de abril de 2009